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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Tenho medo.


Tenho medo. Tenho medo de chegar amanhã e eu chegar à conclusão de que perdi uma vida, que não aproveitei nada, que não fiz nada. Tenho medo. Tenho medo de não enxergar o que está em minha frente, de simplesmente ignorar um fato óbvio. Tenho medo. Tenho medo de não encontrar alguém que eu possa dividir minhas angustias, minhas dúvidas, tenho medo de não encontrar alguém que me compreenda. Tenho medo. Tenho medo de chegar ao ponto de não me reconhecer, de não saber quem eu sou. Tenho medo. Tenho medo de tudo ter sido uma mentira, de tudo o que eu fiz, ter sido em vão e nem um pouco real. Tenho medo. Tenho medo de não fazer nem metade das coisas que eu quero fazer, de não chegar nem na metade do caminho. Tenho medo. Tenho medo de ficar sozinha, medo de não ter ninguém para me acudir quando eu me sentir sufocada. Tenho medo. Tenho de simplesmente ter medo. Tenho medo de chegar o dia em que eu já não serei mais esta menina, tenho medo de me tornar uma mulher que tem obrigações com trabalho, casa, marido e filhos. Tenho medo. Tenho medo de simplesmente não conseguir. Tenho medo de me perder no tempo, porque sabe, essa vida é tão curta. Tenho medo de me perder, de perder todas as pessoas que amo, porque sinceramente, não me imagino sem nenhuma dessas pessoas. Tenho medo de não conseguir construir uma vida decente, uma carreira que eu mereça. Mas não tenho medo da vida, e sim do que eu possa fazer com ela. E um dos meus maiores medos, acima de todos os citados acima, é de não conseguir enxergar o que ela quer de mim, mas eu vou tentando, cada dia eu tento descobrir um pouco do que ela quer de mim, e vou fazendo o que acho que deve ser feito. Porque a certeza nasce com os fatos, e se eu não fizer acontecer os fatos, então eu nunca vou ter a certeza de que fiz o que devia ser feito.



*Ao som de Alanis Morissette, King of Pain*

sábado, 12 de fevereiro de 2011

As ondas.


Primeiro texto do ano, então vamos dar uma caprichada por aqui, né? (risos). Escolhi as ondas como tema, até mesmo para não fugir do que eu já costumo escrever, e logo já direi o motivo. Bom, sabe aqueles dias em que você está meio "jururu", que sente um buraco dentro de você, um nó na garganta e que não sabe o motivo? Você simplesmente está sentindo aquilo e ponto, sem nenhuma explicação óbvia. Ontem eu estava me sentindo assim, e aí fiquei pensando sobre várias coisas, e um dos meus questionamentos foi será que eu estou no caminho certo? É isso que eu quero fazer o resto da minha vida? Não sei, talvez esteja faltando me arriscar em algo novo, ou talvez não. O que eu fiz foi o seguinte, fui pro meu chuveiro e fiquei lá por pelo menos 1 hora, estava muito cansada e sem forças para nada, aí mais uma vez eu pensei que eu não estava em condições nenhuma de querer decidir nada, eu apenas estava em um momento "down" e queria encontrar uma resposta para aquele sentimento. Tá, fui dormir e dormi por 12 horas diretas - eu estava realmente muito cansada - acordei há pouco menos de 1/2 hora e já corri pra cá, porque ontem mesmo eu já tinha tido a idéia de escrever hoje. E aí que me vem as ondas na cabeça, e eu achei tão claro aquilo, um encaixe perfeito sabe? Ok, vou explicar, de repente, tudo está caminhando tão bem em nossa vida, como o mar, que está em mais perfeita calmaria, sem nenhuma onda se quer, e daí que de repente uma "fase" enconsta em você, uma fase não muito boa, e ao mesmo tempo, surge uma onda, uma onda que faz você parar para refletir, e aí eu acabei traduzindo o que se passou comigo ontem, um mar que estava tranquilo, não ficou furioso, mas se agitou, trazendo uma onda junto à ele. O que eu quero passar com isso, é que vocês não devem se abater com essas ondas, porque elas não são permanentes, elas vão embora também, e aí de repente o mar volta a ser tranquilo, e as ondas, elas voltarão sim, mas aí você já saberá como agir quando isso acontecer, porque se ela te derrubou da primeira vez, você não cairá novamente em sua próxima onda. 'Erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé' é essa a mensagem que quero deixar, acredite, um novo dia vai raiar e sua hora vai chegar!



[Ao som de Idina Menzel, Brave]